Prontamente o macaco de seu galho
Desceu e foi em busca do animal.
Da cobra aproximou-se com cuidado.
Corria o sangue frio.

Não era predador; a cobra o viu,
Mas, em vez de atacá-lo, ela falou
Ao macaquinho em voz baixa e serena;
E deu-lhe ouvidos ele.

“Sei que vieste me matar agora.
Eu consigo de ti me defender,
Mas não de todos os amigos vossos;
Sois muitos, e eu uma só.

Mas, na verdade, creio que podemos
Viver em paz nesta ilha flutuante,
Pois não sois alimento para mim,
Nem para vós eu sou.