Passado um mês de desespero, então
O luzeiro central das naves cinzas
Passou a um feixe verde projetar
Da superfície ao céu visível todo.
No chão, forma de círculo imprimia,
Caindo sobre tetos, pátios, campos,
Sem causar danos à exceção do medo,
Que no peito da gente cresce forte.
Afastou-se cada um o quanto pôde
Dos raios que marcavam a superfície;
Escapar conseguiam entretanto
Não mais que alguns quilômetros e só.
Alguns poucos tentaram se banhar
Na luz verde, dizendo ter poder
De curar as mais graves das doenças;
Nenhum efeito, bom ou ruim, causou.