É um parto acordar de manhã,
Mas só quando o sol me recebe.
De longe ele envia perene
O brilho que a mente percebe.

Me deram à luz novamente:
Não lembro direito quem sou,
E mesmo que os olhos eu abra
Ainda não sei onde estou.

A noite severa se murcha
E ao canto dos pássaros some;
Voraz vem o dia se erguendo,
Mostrando a que vem com sua fome.

O sol já nasceu para todos:
Despertem então de seus leitos!
Nos deram uma chance de novo,
Acordem a esperança em seus peitos!