No vinho a verdade,
No peito a saudade;
No bolso vazio,
O signo da vida.

No meio da rua,
Expostas e nuas,
Inválidas crenças,
Cansadas e gastas.

No meio do mês,
Sem pão, sem freguês,
A dura certeza
Da guerra anunciada.

Na paz matinal,
Na foz celestial,
A grossa neblina
É a única amiga.