A esfera de influência que te engloba,
Que te afaga, conforta e te da paz
É o mesmo rolo compressor que esmaga,
Apaga, anula, impede, anestesia.

Se o medo de tentares algo novo
Aflige a tua mente delicada,
Além da bolha transparenta olha
E o mundo enxerga na grandeza imensa.

Bem devegar, quase parando vais,
Preso que estás ao molde externo imposto.
As amarras não quebras pois tu temes
O que será de ti sem o sufoco.

Uma existência parva, redundante,
Uma vida que cheira a mofo velho:
Assim é o teu caminho decadente,
Assim tu morrerás: um zé-ninguém.