Eu quero sair por aí,
Roubar dos mendigos o sono,
Chutar as canelas das velhas,
Xingar os cachorros sem dono.

À noite pretendo agitar,
Dormir não deixar a ninguém;
Rojões e foguetes me ajudam
Trompetes e gritos também.

Eu vou empurrar toda a gente,
Jogar nas janelas cocô,
E fogo botar nos jardins;
Quebrar os telhados eu vou.

Roubar das crianças os doces,
Riscar automóveis e motos —
Em suma pretendo pra sempre
Queimar minhas chances de voto.