O homem contou à doce namorada
Que, quando criança, ouvia uma canção,
Que o deixava admirado e comovido:
Mas nunca mais a ouvira.

Já havia procurado na internete,
Perguntado a colegas e a parentes,
Mas ninguém se lembrava dessa música:
Talvez memória falsa?

Numa feira da ladra, de manhã,
Passeando juntos avistaram discos,
E devagar ao estande se achegaram;
Bonitas capas viam.

Nova faixa iniciava e o coração
Do homem bateu mais forte: era a canção
Que descrevera à namorada ontem.
É muita coincidência!