A tristeza tem suave e doce mão.
Seu toque de sereia é irresistível:
Não olhá-la nos olhos é impossível,
É impossível dizer a ela não.

O mundo não mudou, é tudo igual,
Mas as cores as mesmas não são mais:
Só veem-se tons pastéis e outros que tais.
O triste é que parece natural.

Pela tristeza sinto amor e ódio:
Melhor seria estar bem longe dela,
Pelo mar da alegria içar a vela.

Rege porém a orquestra de seu pódio
Com notas que penetram sem limite.
Em mim eu quero que a tristeza habite.