Se o mar que conheceste era tão limpo,
E os peixes que nadavam coloridos,
Por que não viras para trás agora
E enxerga para além da bela bolha?

Antolhos voluntários são teus guias,
Que circundam, definem o teu mundo.
A areia branca que pisaste ontem
É lama negra para vários outros.

A artificial beleza do jardim,
E a fragrância das flores até há pouco
Era a prova completa que bastava
Para a tua certeza, arrogância, orgulho.

Mas eis que a abóbada do teu palácio
De rachadura e de ruído é plena
E já desaba sobre a ingênua mente;
A bolha estoura; é o fim da idade falsa.