A HUMA DAMA QUE VIO NO PARQUINHO.
Eu vejo, ó dama, em ti grande fartura,
Pois nunca no passado a natureza
Num rosto só reuniu tanta feiúra:
A antítese suprema da beleza!
As crianças sinceras e singelas
As faces torcem numa dor cruel;
Quando olham na tua cara tais mazelas
Pedem suas lágrimas clemência ao céu!
Tanto azar, ó coitada, de onde veio?
Será que a mãe verruga tem sem par?
Será que o pai como um abutre é feio?
É triste, mas mentir não vou tentar;
A verdade te digo sem rodeio:
Todos em teu caminho hás de assustar!