Gerações se passaram cabisbaixas,
Vivendo a vida sem sentir jamais
Com o ouvido mutilado pela fórmula
A beleza da nona sinfonia.

Feliz da tribo que isolada vive
E que cantou seu coração sem mácula;
Porque nós outros anestesiados
Perdemos séculos das nossas vidas.

A fórmula, qual praga infecciosa,
Em pandemias destruía a música,
Que renascia e remorria em ciclo,
Constante apenas a melancolia.

Daí o nome de renascimento
Que damos ao momento em que vivemos:
Faz mais de 135 anos
Que a fórmula sumiu e não voltou.